quinta-feira, 17 de março de 2011

AMOR EM CINCO ATOS







No primeiro ato, a mocinha acha que nunca vai conseguir encontrar seu príncipe encantado. Ela é feia, depressiva e rejeitada pelo mundo. O mocinho é dom Juan, pega todas as meninas do colégio, mas nunca namorou sério com ninguém, tem medo de se apaixonar e é o mais sociável da cidade.

Os dois se encontram e embora a feiosa se apaixone à primeira vista, o galã nem a percebe.

No segundo ato, amigos em comum apresentam o mocinho a mocinha... E eles saem com a turma para lanchar, mas não rola nem clima, afinal, ela ainda é a feiosa da escola. Aos poucos o mocinho vai percebendo a beleza interior que ela possui - ela é diferente - e ele sente isso - não vê, mas sente. Ela é diferente das outras garotas e isso inclui todos os aspectos!

No terceiro ato, a garota cansa de ser motivo de deboche entre todos e resolve revolucionar o visual. E então o mundo para quando ela passa, parece outra pessoa usando a mesma essência. É nesse momento que o mocinho começa a vê-la de outro modo. Parece que ele está apaixonado de verdade agora...

No quarto ato eles marcam o primeiro encontro a sós. Jantar, vinho, boa música... É o primeiro de uma sequência...

Mas, embora, o amor seja recíproco de ambas as partes e isso vale toda a semântica da redundância, nem tudo é perfeito. Eis que surge a vilã da história - uma antiga namorada do mocinho, que não se conforma em perdê-lo e então... Faz da vida da mocinha um inferno. Eles se separam e os planos futuros escorrem pelo ralo, junto a tempestade feita de um copo d'água.

E finalmente no quinto ato...

Ah! É uma pena não poder revelar o fim da peça, mas use sua imaginação e atribua um belo final pra ela. Porque, o teatro é como a vida, às vezes a gente finge, representa, mas um dia precisamos de um pouco de realidade para dar um novo sentido ao que se repeti ato após ato.

Embora, todos recebam aplausos quando fecham-se as cortinas - só os bons, ganham o reconhecimento merecido. E acredite, não é o maior salário que demonstra o quanto se é bom, mas a emoção que se transmite em simples gestos.
 
 
 
Eu não invento verdades, as conto de maneira diferente...

Um comentário: