Hoje eu decidi que foi a última vez. Não que eu já não tivesse decidido outras vezes. Mas sabe, tem que ter sempre aquele lance de cair pra aprender e todo aquele drama que envolve as histórias de amor. Simplesmente aconteceu, levantei da cama torcendo pra acertar os passos. Andando em linha reta pra não fazer as curvas erradas e dar de cara no muro que envolve seu coração. Inacreditavelmente descobri que, o que parecia errado quando eu fechei os olhos pra enxergar só a tua luz, dá certo. Te esquecer faz todo o resto funcionar melhor.
E já que esse é um texto sobre finais, não vou prolongar demais. Quero silêncio, sorrisos e alívio a partir de agora. Quero a liberdade de sentir uma vez mais a tristeza de te deixar partir, mas dessa vez sem lamentar. Sem lamentar abraços, beijos, sorrisos e palavras escondidas através de olhares silenciosos. Ir adiante, cair mais vezes se for preciso e dormir sem o peso na consciência maior do que a cama suportaria. Pode ir, estou te libertando. Te liberto de uma vida cheia de amor-e-ódio, orgulho e desejo. Te liberto de me ligar depois e pedir desculpas por ser idiota. Te liberto do direito de ter alguém como eu na sua vida. Estou te libertando tanto que é pra que você vá embora de uma vez e nunca mais volte. Liberto você, seu carro e seu coração de voltarem pra porta da minha casa. Liberdade, bandeira branca, desistência, game over. Restou estas chances desperdiçadas, velhos sentimentos e esse desejo de seguir em frente. Em linha reta, sem curvas, isso mesmo, sem você.
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