terça-feira, 12 de abril de 2011

O que devo fazer para cativar você ?


Você se torna eternamente responsável por aquilo que
cativa
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A amizade é um dom do amor. Surge sem escolha e, muitas vezes, une pessoas completamente diferentes. Quem ama respeita, compreende e admira o que há de diferente e especial no outro. Amizade verdadeira não sufoca, não oprime, amizade de verdade constrói, potencializa, engrandece.
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Todos nós precisamos de amor puro uns dos outros, os homens precisam receber o amor puro das mulheres, as mulheres precisam receber amor puro dos homens. Fomos criados para amar e receber amor. Precisamos do amor puro dos amigos.
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Amigo não é um conhecido. Amigo é amigo. Consegue nos corrigir, dizer as coisas como elas são, as verdades que não queremos ouvir. Até ficamos chateados, nos afastamos, mas passam as horas, os dias e… voltamos atrás, nos entendemos, nos humilhamos e tudo muda. Falando em mudança, amigo tem o poder de nos transformar e faz isso porque nos conhece e nos ama como somos.
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O livro “O pequeno príncipe” entrou na minha história quando tinha 8 para 9 anos. Uma riqueza para toda a vida e todas as idades. Confira essa beleza lendo este trecho, um diálogo bem verdadeiro entre o príncipe e a raposa sobre amizade:
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O pequeno príncipe vivia só em seu planeta. Como não suportou mais a falta de um amigo, saiu à procura, por todo o Universo, de quem o compreendesse e aceitasse sua amizade. Chegou a Terra e ficou parado, próximo a um trigal, à espera de alguém para conversar. Uma raposa apareceu e exclamou:
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- Bom dia!
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- Bom dia! Quem é você? É tão bonita de se olhar!
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- Eu sou uma raposa.
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- Você quer brincar comigo, raposa? Eu estou tão triste!
.- Eu não posso brincar com você. Ainda não fui cativada.
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- O que significa ser cativada?
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- É algo que as pessoas quase sempre esquecem. Significa estabelecer laços.
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- Estabelecer laços? Como assim?
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- Para mim, você é apenas um menininho, e eu não preciso de sua companhia. Para você, eu não passo de uma raposa, mas, se você me cativar, então nós precisaremos um do outro.
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A raposa olhou fixamente para o pequeno príncipe durante muito tempo e disse:
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- Por favor, cative-me.
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- O que devo fazer para cativar você?
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- Você deve ser muito paciente. Primeiro você vai se sentar a uma pequena distância de mim e não vai dizer nada. Palavras são fontes de desentendimento. Mas você se sentará um pouco mais perto de mim a cada dia.
.Então o pequeno príncipe cativou a raposa. Depois chegou a hora de ele partir.
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- Oh! Eu vou chorar! - disse a raposa.
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- A culpa é sua. Você mesma quis que eu a cativasse. Adeus!
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- Adeus! Antes, vou contar a você um segredo: nós só podemos ver perfeitamente com o coração; o que é essencial é invisível aos olhos. As pessoas se esquecem dessa verdade. Mas você não pode esquecê-la. Você se torna eternamente responsável por aquilo que cativa.
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Este questionamento precisa nos acompanhar nas amizades que temos: “O que devo fazer para cativar você?” Vai nos ajudar a sermos melhores uns para com os outros e querer o bem do outro, isso sim é amor.
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Não se força a barra para cultivar uma amizade, ela é um presente, é um dom de Deus, é uma graça. Onde estão os seus amigos? Somos eternamente responsáveis por eles… e precisamos tornar visível o que é essencial para nós.
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“Amigo fiel é poderosa proteção: quem o encontrou, encontrou um tesouro!”

Desejo que você...


Seja um grande empreendedor. Quando empreender, não tenha medo de falhar. Quando falhar, não tenha receio de chorar. Quando chorar, repense a sua vida, mas não recue. Dê sempre uma nova chance para si mesmo.

Encontre um oásis em seu deserto. Os perdedores vêem os raios. Os vencedores vêem a chuva e a oportunidade de cultivar. Os perdedores paralisam-se diante das perdas e dos fracassos. Os vencedores começam tudo de novo.

Saiba que o maior carrasco do ser humano é ele mesmo. Não seja escravo dos seus pensamentos negativos. Liberte-se da pior prisão do mundo: o cárcere da emoção. O destino raramente é inevitável, mas sim uma escolha. Escolha ser um ser humano consciente, livre e inteligente.

Sua vida é mais importante do que todo o ouro do mundo. Mais bela que as estrelas: obra-prima do Autor da vida. Apesar dos seus defeitos, você não é um número na multidão. Ninguém é igual a você no palco da vida. Você é um ser humano insubstituível.

Jamais desista das pessoas que ama. Jamais desista de ser feliz. Lute sempre pelos seus sonhos. Seja profundamente apaixonado pela vida. Pois a vida é um espetáculo imperdível.

O peso que agente leva 


O perigo da viagem mora nas malas. Elas podem nos impedir de apreciar a beleza que nos espera. Experimento na carne a verdade das palavras, mas não aprendo. Minhas malas são sempre superiores às minhas necessidades. É por isso que minhas partidas e chegadas são mais penosas do que deveriam.

Ando pensando sobre as malas que levamos...

Elas são expressões dos nossos medos. Elas representam nossas inseguranças. Olho para o viajante com suas imensas bagagens e fico curioso para saber o que há dentro das estruturas etiquetadas. Tudo o que ele leva está diretamente ligado ao medo de necessitar. Roupas diversas; de frio, de calor – o clima pode mudar a qualquer momento! – remédios, segredos, livros, chinelos, guarda chuva – e se chover? –, cremes, sabonetes, ferro elétrico – isso mesmo! – Microondas? – Comunique-me, por favor, se alguém já ousou levar.

O fato é que elas representam nossas inseguranças. Digo por mim. Sempre que saio de casa levo comigo a pretensão de deslocar o meu mundo. Tenho medo do que vou enfrentar. Quero fazer caber no pequeno espaço a totalidade dos meus significados. As justificativas são racionais. Correspondem às regras do bom senso, preocupações naturais para quem não gosta de viver privações.

Nós nos justificamos. Posso precisar disso, posso precisar daquilo...

Olho ao meu redor e descubro que as coisas que quero levar não podem ser levadas. Excedem aos tamanhos permitidos. Já imaginou chegar ao aeroporto carregando o colchão para ser despachado?

As perguntas são muitas... E se eu tiver vontade de ouvir aquela música? E o filme que costumo ver de vez em quando, como se fosse a primeira vez?

Desisto. Jogo o que posso no espaço delimitado para minha partida e vou. Vez em quando me recordo de alguma coisa esquecida, ou então, inevitavelmente concluo que mais da metade do que levei não me serviu pra nada.

É nessa hora que descubro que partir é experiência inevitável de sofrer ausências. E nisso mora o encanto da viagem. Viajar é descobrir o mundo que não temos. É o tempo de sofrer a ausência que nos ajuda a mensurar o valor do mundo que nos pertence.

E então descobrimos o motivo que levou o poeta cantar: “Bom é partir. Bom mesmo é poder voltar!” Ele tinha razão. A partida nos abre os olhos para o que deixamos. A distância nos permite mensurar os espaços deixados. Por isso, partidas e chegadas são instrumentos que nos indicam quem somos, o que amamos e o que é essencial para que a gente continue sendo. Ao ver o mundo que não é meu eu me reencontro com desejo de amar ainda mais o meu território. É conseqüência natural que faz o coração querer voltar ao ponto inicial, ao lugar onde tudo começou.

É como se a voz identificasse a raiz do grito, o elemento primeiro.

Vida e viagens seguem as mesmas regras. Os excessos nos pesam e nos retiram a vontade de viver. Por isso é tão necessário partir. Sair na direção das realidades que nos ausentam. Lugares e pessoas que não pertencem ao contexto de nossas lamúrias... Hospitais, asilos, internatos...

Ver o sofrimento de perto, tocar na ferida que não dói na nossa carne, mas que de alguma maneira pode nos humanizar.

Andar na direção do outro é também fazer uma viagem. Mas não leve muita coisa. Não tenha medo das ausências que sentirá. Ao adentrar o território alheio, quem sabe assim os seus olhos se abram para enxergar de um jeito novo o território que é seu. Não leve os seus pesos. Eles não lhe permitirão encontrar o outro. Viaje leve, leve, bem leve. Mas se leve.

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